Da Contradição
- Bruno César Vieira
- 28 de jun. de 2012
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de fev.
Nunca achei uma boa ideia ter um blog. Quer dizer, já passei por inúteis tentativas que não renderam muita coisa. Eu, por exemplo, sem medo digo: não tenho paciência alguma para ler blogs, esse tal de diário eletrônico, mas cá estou a escrevê-los.
Meu primeiro blog surgiu quando ainda estava no colegial, entre 2007 e 2008, com ideias bobas sobre humor o extinto, chamava-se Negaiadaa! (assim mesmo, com dois "A"s no final), e como dizem os mais novos: eu seria cancelado!
Em 2010, fui me meter no meio das críticas cinematográficas com o parado Poltrona Numerada. Ele me servia como válvula de escape. Nessa época, eu estudava engenharia e me sentia preso nos inúmeros números que os professores nos davam todos os dias para estudar. Quando entrei no curso de Rádio e TV, em 2012, realmente me senti em casa, e a constância das postagens estagnou.
Foi então que me senti órfão. Sobre o que eu poderia escrever agora? Não lembro exatamente quando, mas um sábio professor disse: NUNCA PARE DE ESCREVER.
Quantos cadernos serão gastos? Quanto de HD eu preciso para salvar todos os meus pensamentos e firulas sobre o mundo? Preciso, em essência, de um lugar para organizar tudo e ter sempre à mão.
Meus cadernos, abarrotados de tantas anotações, já não tinham mais espaço, nem lógica de organização. Um blog era a solução.
Não, não caí em tentação, apenas segui adiante, experimentando uma nova linguagem. Aquela mesma linguagem que está revolucionando a comunicação. Ouvimos tanto isso em aula.
Utilizo aqui também como um arquivo pessoal e, sem medo de afirmar: se penso, logo escrevo; se escrevo, secreto não é. Por isso, postarei todos os textos e ideias na ordem cronológica, no exato dia em que foram concebidos, puramente por um conceito organizacional mais eficaz.

Se a contradição é o começo de uma consciência sobre algo que não existia antes, são nelas que devemos trabalhar para explorar mais universos desconhecidos até então. Basta relacionar esses universos. Cada nova linha vai se encontrar com outra, e com outra.
Tenho a minha história, você tem a sua história, nós temos a nossa história... Nunca tem fim. E, ao fim, tudo está conectado como sendo uma única grande coisa sem fim. O todo é um ponto, e o ponto é o todo.
Quantas histórias podemos contar?
