Dilúvio
- Bruno César Vieira
- 6 de fev.
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Atualizado: 20 de fev.
De novo o mundo se afoga, e as histórias são sempre as mesmas, só muda o contador. Reparecem dizendo que o mar avançou e os céus desabaram. Berram que a terra inteira foi engolida pela água. Alagada. Gilgamesh contou na Suméria, e os gregos escreveram sobre Ulisses, o que fez o caminho. Entre os povos da América, o dilúvio veio como castigo e bênção, e na Bíblia, chamaram de Noé.
Porque toda história, por fim, recomeça. O caos engole, mas não enterra. A Fênix some nas cinzas e volta cantando. A maré sobe e depois recua. A vida cai, mas levanta sabendo que o chão continua ali.
"Feliz pelo que ainda não veio e saudades do que nem foi. Esperando o melhor dos agoras, sem termos o antes, e já queremos o depois." – Nação Zumbi | Novas Auroras